Quando cheguei na Bahia em 2001, existiam 25 saveiros ativos, hoje são 19 e alguns em muito mau estado de conservação. Aos Saveiros não foram incorporadas novas tecnologias construtivas desde o século 19, a única alteração são os cabos que eram de sisal e hoje são de nylon ou polipropileno. Comprovando a eficiência da concepção.
Segundo Relatos dos Mestres mais velhos os desafios entre os donos de Saveiros engordavam o caixa. Muitas vezes as apostas valiam mais do que a carga a ser entregue no mercado em Salvador.Acredito que a prática das apostas tenha contribuído para que o Saveiro se desenvolvesse, tornando-se uma embarcação ágil.
Saveiro Ideal tipo Rabo de Peixe
* Ábaco com os parâmetros das dimensões e formato. Como uma receita para um bolo.
Em 2001 conheci o David Hermida e juntos sonhamos em ajudar de alguma forma a manter os Saveiros em atividade. Passaram-se 5 anos até que apareceu a oportunidade.
Saveiro Vendaval II na Rampa do Mercado Modelo
O David que é ex saveirista tinha o Saveiro de nome Não Digo e conhece os mais importantes Mestres e alguns donos de Saveiro além disto ele conhece a manutenção e operação do Saveiro.
David o mentor dos Associados
Reunimos 10 pessoas dispostas a pagar 50 reais por mês para arcar com alguns reparos emergenciais, após um ano de trabalho decidiu-se que o Vendaval necessitava de ser docado e substituir partes importantes de seu casco. O nosso clube evoluiu para 30 associados, muitos dos associados tiveram de pagar até 6 meses mensalidades adiantadas para fazermos frente às despesas.
Estopa de Biriba para calafetar o Vendaval II
Os Associados poderão navegar uma vez por mês e em todas as competições entre Saveiros, além disto aprender as técnicas de operação e navegação do Saveiro.